sábado, 4 de julho de 2009

Laranja mecânica

Alana Berto

O filme Laranja Mecânica foi produzido em 1971,dirigido por Stanley Kubrick e inspirado num clássico romance de Anthony Burgess. A trama trata de uma turma de arruaceiros que tem como chefe Alex, interpretado por Malcolm McDowell. O longa é narrado em Nadsat, um idioma que mistura o Russo, o inglês, o cockney.
Alex e seus droogs(palavra originada do Russo druk, amigo), sai as ruas praticando os piores vandalismos que se pode imaginar, de assalto a estupro. O protagonista Alex, que é um jovem de mais ou menos 18 anos, culto e adorador da boa música que como mostra no filme, tem uma predileção pela nona sinfonia de Beethoven, a quem ele chama de Ludwig Van, é dono de uma inteligência e arrogância sem dimensão, leva uma vida despreocupada de beber e infringir as leis, seus pais são alheios a vida do filho o que faz com que eles acabem omitindo a situação.
A história se passa na Inglaterra e começa com os droogs violentando um mendigo. Eles chegam a entrar na casa de um escritor que é violentado e tem sua esposa estuprada por Alex e sua gang. O escritor fica paralítico após o espancamento e sua mulher morre alguns meses depois em decorrência do acontecido. O fim das “brincadeiras” de Alex tem inicio quando ele é traído por seus amigos, ele invade a casa da dona de um spar, tentando assaltá-la, mas antes que o ato seja consumado a professora tenta reagir, é quando ele pega uma obra de arte, que por sinal, lembra um objeto fálico (o que interliga o prazer que ele sente em violentar alguém ao prazer do sexo) e ameaça quebrá-la; em meio à luta, Alex mata a mulher com a obra que ela tanto estimava. Ao sair da casa Alex é atacado por seu bando, que o golpeia com uma garrafa. O delinqüente é preso, agredido na delegacia e condenado a 14 anos de prisão por homicídio.
No fim do filme Alex se submete a ser cobaia em um tratamento relacionado à aversão, patrocinado pelo governo, o chamado tratamento Ludóvico. Alex é submetido a várias sessões do tratamento, que consiste em passar horas vendo imagens de sexo e violência, dopado, amarrado e impossibilitado de fechar os olhos, ele assiste a cenas de agressões ao som da nona sinfonia, de seu compositor favorito. Assim, Alex pega aversão a tudo relacionado ao sexo, a violência e a composição que mais apreciava de Beethoven. Conseqüentemente o tratamento Ludóvico o deixa uma pessoa indefesa.
Quando o tratamento acaba, o ex-deliqüente juvenil fica livre, volta para casa de seus pais e assim descobre que eles alugaram seu quarto para um desconhecido pretensioso e audacioso,além de terem dado um fim a sua cobra Basil. Ele se percebe desabrigado e vaga pelas ruas de Londres. A partir daí ele encontra pessoas maltratadas por ele anteriormente, que claro, querem vingança; além de encontrar seus antigos droogs que o espancam e por pouco não o afogam.
Enfim, Alex chega à casa do escritor, que deixou paralítico e teve a esposa estuprada pelo vândalo, sem se reconhecerem, o escritor o aloja em sua casa, lhe dá banho e comida. Ao reconhecê-lo, o escritor resolve torturá-lo na esperança de que ele cometa suicídio. O jovem é drogado e trancafiado em um quarto, ao som da nona sinfonia. Alex se joga pela janela, mas sobrevive.
No hospital, Alex se recupera da queda. Recebe a visita do ministro de interior, o homem que o selecionou para o tratamento Ludovico; o ministro pede desculpas pelos transtornos causados pelo tratamento e oferece ao garoto um emprego bem remunerado, para que ele apõe a eleição do partido conservador, que teve a imagem danificada com o acontecido. O filme acaba com Alex finalmente “curado” tendo fantasias eróticas acompanhado também do som da nona sinfonia.
O clássico retrata a sociedade principalmente nos anos 70, a ideologia punk e os skinheads que possuíam uma violenta realidade. Mostrando a violência imposta pela sociedade , além do lado animal que todo ser humanos tem. Seu título provém de uma expressão anglo-saxã " "Tão bizarro quanto uma laranja mecânica", um ser que age por impulso e mesmo humano é capaz de fazer coisas absurdas, por puro prazer.

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