segunda-feira, 28 de junho de 2010

Contra gotas

Ela devia ter uns três anos, morava na casa da avó e estava com sua tia enquanto a mãe estava na labuta, ganhando dinheiro para poder sustentar os mimos da filha. Enfim, criança gosta de brincar de fazer o que não deve, de gozar com a cara dos adultos. Tudo é novo, tudo é engraçado, o perigo não existe. Sua tia concentrada, assistia a um programa de televisão, no momento ela aprendia a fazer uma torta salgada, enquanto a sobrinha aprontava. A criança chegou cambaleando na sala, voz enrolada com sinais de embriaguez:

-Tia eu tow tonta!

-O que foi que você andou aprontando?

- Num sei tia.

-Diga pra tia o que foi que você aprontou.Você colocou alguma coisa na boca?

-Eu só tomei  aquilo ali.


A tia ficou  apavorada quando viu o vidrinho do remédio em gotas vazio e chama a mãe que sai correndo do trabalho e ao ligar para a pediatra é tranquilizada. Ao desligar o telefone ela olha para a filha que dorme igual a um anjo, o sono e o sonho tranquilo de criança.
A mãe alisa os cabelos da filha precoce, que mal nasceu já havia tomado seu primeiro porre. A genitora lembra então do seu tempo de criança, das histórias que sua mãe ainda lembrava como se fosse ontem, quando ela a genitora tinha apenas dois anos de idade  pegou a agulha de tricot de sua avó e enfiou na tomada, a mãe tomou um grande susto, mas a sorte foi que a criança enfiou a parte da agulha que era revestida de plástico.

A mãe vai um pouco mais a frente e lembra do primeiro porre que tomou, ainda adolescente em consequência dessa aventura ela ficou de castigo, além de claro, levar uns tapas da mãe. Agora ela olhava com preocupação para seu bebê que normalmente não dormia muito nem a deixava dormir mas, agora a criança dormia tranquila, sentindo o gosto doce do remédio e de sua embriaguez infantil, pensava ela:  ontem eu era filha, hoje eu sou mãe...

                                                                                                                             (Alana Berto)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Aforismomento (11)

Diga não ao aborto! Casamento gay já!

(Breno Airan)