sexta-feira, 31 de julho de 2009

Aforismomento (4)

Amor é mais concreto, cimento, brita e muralhas que abstrato. Construa a sua própria fortaleza!

(Breno Airan)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Entresafra Literária

Diante do nuestro período sabático - Alana velejando pelas Ilhas Gregas com seu amante magnata, Breno em lua-de-mel no Havaí, William Rocha caçando prostitutas em Cingapura e eu, ajudando as vítimas da fome e da Aids na África, tá osso ver brotar alguma coisa. Prometemos voltar nos próximos dias para encher esta folha em branco virtual com várias e inéditas odisséias escribas, "croniquices" e demais atrocidades líricas.
Abraços a 8 mãos,

Mariana Belo

terça-feira, 28 de julho de 2009

Aforismomento (3)

A morte: está aí uma coisa que pode ser deixada pra amanhã.
(Breno Airan)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Aforismomento (2)

Tentar por tentar é inútil.
(Breno Airan)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Aforismomento (1)

O segredo é não guardar nada dentro de si.
(Breno Airan)

Definição do nada!

É cheio de medo e nada,
Um nada que custa a passar
E não tem palavras para ser definido,
Porque o nada é o nada,
É o nada que vem quando menos esperamos
e precisamos de verdade de alguma palavra para nos expressar
ou para escrever em uma folha de papel em branco,
o nada é o contrário da inspiração,
é a espera que não chega nunca,
é pó vazio tremendo e temendo continuar um nada
é a ansiedade pelo tudo que também não se define,
é a direção contrária que fica entre o ser.
É o fundo, o mundo, é incerto e é talvez,
é longo, efêmero e cômico, talvez até idiota.
É o ponto, o traço, o trago do futuro, a linha,
os rabiscos na folha, os pensamentos bestas,
a ordem e desordem,
as letras, as frases, o universo, a indefinição e a incerteza junto a pó e palavras é um simples ponto que se transforma no infinito,
é um encontro, é um beijo, é saudade, é lágrima, é poema, é sonho,é reticências, é nada, é nado,
é tudo mudo!

(Alana Berto)

domingo, 5 de julho de 2009

A espera



Espero o ônibus
Espero o táxi
Espero a sorte
Espero a morte
Espero o sonho
Espero o sono
Espero a tempestade
Espero o barco
Que saco!
Espero o dia
Espero a noite
Espero à noite
Espero a grana
Espero a lama
Espero à hora
Espero a droga
Espero o fim do mês ou quem sabe talvez o fim da vez
Espero aprender
Espero mãe, avó, irmão
Espero da minha vida
Espero no trabalho
Espero começar o livro
Espero terminar
Espero a alegria
Espero a conquista
Corro a espera
Espero chegar
Espero a chuva passar
Espero o sol
Um dia quem sabe espero esperar o filho
Esperarei o trilho
Escreverei um livro
E quem sabe plantarei uma árvore
Esperarei...

(Alana Berto)

sábado, 4 de julho de 2009

Laranja mecânica

Alana Berto

O filme Laranja Mecânica foi produzido em 1971,dirigido por Stanley Kubrick e inspirado num clássico romance de Anthony Burgess. A trama trata de uma turma de arruaceiros que tem como chefe Alex, interpretado por Malcolm McDowell. O longa é narrado em Nadsat, um idioma que mistura o Russo, o inglês, o cockney.
Alex e seus droogs(palavra originada do Russo druk, amigo), sai as ruas praticando os piores vandalismos que se pode imaginar, de assalto a estupro. O protagonista Alex, que é um jovem de mais ou menos 18 anos, culto e adorador da boa música que como mostra no filme, tem uma predileção pela nona sinfonia de Beethoven, a quem ele chama de Ludwig Van, é dono de uma inteligência e arrogância sem dimensão, leva uma vida despreocupada de beber e infringir as leis, seus pais são alheios a vida do filho o que faz com que eles acabem omitindo a situação.
A história se passa na Inglaterra e começa com os droogs violentando um mendigo. Eles chegam a entrar na casa de um escritor que é violentado e tem sua esposa estuprada por Alex e sua gang. O escritor fica paralítico após o espancamento e sua mulher morre alguns meses depois em decorrência do acontecido. O fim das “brincadeiras” de Alex tem inicio quando ele é traído por seus amigos, ele invade a casa da dona de um spar, tentando assaltá-la, mas antes que o ato seja consumado a professora tenta reagir, é quando ele pega uma obra de arte, que por sinal, lembra um objeto fálico (o que interliga o prazer que ele sente em violentar alguém ao prazer do sexo) e ameaça quebrá-la; em meio à luta, Alex mata a mulher com a obra que ela tanto estimava. Ao sair da casa Alex é atacado por seu bando, que o golpeia com uma garrafa. O delinqüente é preso, agredido na delegacia e condenado a 14 anos de prisão por homicídio.
No fim do filme Alex se submete a ser cobaia em um tratamento relacionado à aversão, patrocinado pelo governo, o chamado tratamento Ludóvico. Alex é submetido a várias sessões do tratamento, que consiste em passar horas vendo imagens de sexo e violência, dopado, amarrado e impossibilitado de fechar os olhos, ele assiste a cenas de agressões ao som da nona sinfonia, de seu compositor favorito. Assim, Alex pega aversão a tudo relacionado ao sexo, a violência e a composição que mais apreciava de Beethoven. Conseqüentemente o tratamento Ludóvico o deixa uma pessoa indefesa.
Quando o tratamento acaba, o ex-deliqüente juvenil fica livre, volta para casa de seus pais e assim descobre que eles alugaram seu quarto para um desconhecido pretensioso e audacioso,além de terem dado um fim a sua cobra Basil. Ele se percebe desabrigado e vaga pelas ruas de Londres. A partir daí ele encontra pessoas maltratadas por ele anteriormente, que claro, querem vingança; além de encontrar seus antigos droogs que o espancam e por pouco não o afogam.
Enfim, Alex chega à casa do escritor, que deixou paralítico e teve a esposa estuprada pelo vândalo, sem se reconhecerem, o escritor o aloja em sua casa, lhe dá banho e comida. Ao reconhecê-lo, o escritor resolve torturá-lo na esperança de que ele cometa suicídio. O jovem é drogado e trancafiado em um quarto, ao som da nona sinfonia. Alex se joga pela janela, mas sobrevive.
No hospital, Alex se recupera da queda. Recebe a visita do ministro de interior, o homem que o selecionou para o tratamento Ludovico; o ministro pede desculpas pelos transtornos causados pelo tratamento e oferece ao garoto um emprego bem remunerado, para que ele apõe a eleição do partido conservador, que teve a imagem danificada com o acontecido. O filme acaba com Alex finalmente “curado” tendo fantasias eróticas acompanhado também do som da nona sinfonia.
O clássico retrata a sociedade principalmente nos anos 70, a ideologia punk e os skinheads que possuíam uma violenta realidade. Mostrando a violência imposta pela sociedade , além do lado animal que todo ser humanos tem. Seu título provém de uma expressão anglo-saxã " "Tão bizarro quanto uma laranja mecânica", um ser que age por impulso e mesmo humano é capaz de fazer coisas absurdas, por puro prazer.

Caminho

Alana Berto

Enquanto eu olhava da janela do ônibus a chuva que caia fervia sob o asfalto, do fone de ouvido saia a voz do Hebert Viana que dizia “One More Time”. O frio tomava conta naquela manhã, a melancolia do dia cinza e chuvoso também. A vontade de ficar ali só olhando mais uma vez aqueles pingos de água cair, pensar tudo sobre o mundo e as coisas que existem nele, veio junto com essas vontades o sono em conseqüência do frio e do horário. Algum tempo depois veio o sol, dessa vez ao som de Renato Russo que cantava: “Eu rabisco o sol que a chuva apagou”. Olhei as pessoas, os carros que passavam, cheguei ao meu destino, o sono passou e enfim começava minha segunda-feira...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Michael, o imortal




Eh, Michael Jackson... O Rei do Pop foi o assunto mais comentado nas rodas de amigos dos últimos tempos, quiçá dessa década. Ah, sim, houve o fato do World Trade Center, mas, em se tratando de show business, Michael é o number one.

Inclusive, Number Ones foi o nome do CD que escutei demasiado nesse carnaval; todos os dias. Parece até que eu sabia que algo ia acontecer. Lá estão os seus maiores sucessos, como Black or White, Thriller, Bad, Beat it, Smooth Criminal e tantos outros. Com sua morte, o alvoroço dos fãs e da mídia foi maior do que eu imaginei. Desde Elvis e os Beatles, ninguém mexia tão forte e claramente no âmago das pessoas.

Exatamente há uma semana, Michael foi acometido por fortes dores que o levaram ao infarto. Entrou no hall dos famosos que morreram tragicamente, juntamente com Jimi Hendrix, que se afogou no próprio vômito, Bon Scott, que teve falência múltipla dos órgãos (por beber 70 doses de vodca), e Kurt Cobain, que supostamente se matou; só para citar alguns.

O intrigante é poder notar que o gênio das sapatilhas pretas só veio a ocupar o set list dos muitos Winamps e Windows Media Players de todo o mundo depois de sua morte. Eram raros os que o ouviam ao léu. Mas, com sua morte, parece que todos resgataram o furor de décadas atrás. Vinis foram tirados das caixas; lágrimas, dos olhos.

Para a geração que não o conheceu a fundo (e só soube de seus escândalos financeiros e sexuais), fica a dica: ninguém irá substituí-lo. Nem Justin Timberlake, nem Lady Gaga, tampouco a tupiniquim Stefhany. Apesar de sua compulsão narcisista, tornando-se a versão contrária do personagem Dorian Gray — que era belo por fora e malvado e imoral por dentro —, Michael sempre será, em nossa miríade de lembranças, a eterna criança, cantando ABC, ou até o homem austero, fazendo seu excelso passo Moonwalk. Au revoir, Mr. Black and White!

(Breno Airan)