tag:blogger.com,1999:blog-11207294300439673202024-03-14T01:00:32.231-07:00Papel A4Uma forma diferente de usar o ofícioPapel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.comBlogger51125tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-82218227438418188022010-09-26T06:22:00.000-07:002010-09-26T06:22:07.439-07:00Tececendo<div style="color: red;">Informamos ao nossos leitores que o blog está desatualizado devido a intensa produção dos Trabalhos de Conclusão de Curso de seus membros- TCC.</div><div style="color: red;"><br />
</div><div style="color: red;">Em breve estaremos de volta com novos textos!</div><div style="color: red;"> </div><span style="color: red;">Turma do Papel a4</span>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-29893484339118967142010-08-14T19:06:00.000-07:002010-08-14T19:19:08.476-07:00Muito circo e pouco pão<div style="text-align: justify;">Nesta terça-feira, dia 17 de agosto de 2010, começa o horário eleitoral gratuito obrigatório no Brasil, os eleitores vão ser obrigados a rir à vontade e também de serem enganados à vontade, serão quase três meses de pura babaquice. Circo de graça nas nossas televisões e nas nossas ruas.Acredite, o circo é daqueles bem fuleiros, onde não se faz mágica, se faz truque, se engana pessoas da pior forma.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não se sabe o que é pior: a poluição sonora, com esses jingles ridículos; a poluição ambiental que esses "homens de bem" deixam nas ruas com seus santinhos do pau oco; ou se a mentira e a bajulação que só acontece durante a eleição porque depois aqueles pobrezinhos que foram abraçados pelos candidatos serão os mesmos esquecidos e lembrados apenas daqui há quatro anos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Enquanto isso... A população pensa em quem votar e vota no melhorzinho ou naquele que promete mais e nada vai cumprir, se acomoda e vende seu voto por nada. Se for para continuar ruim é melhor não votar em ninguém, é inadmissível como as pessoas se conformam com tão pouco, em vez de procurar sempre o melhor, não o melhorzinho, às vezes o melhor é nenhum.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Como na política do Pão e do Circo, criada pelo antigos romanos, que distribuía comida e diversão para a população insatisfeita,na política brasileira não é diferente, as campanhas eleitorais promovidas no país, têm o objetivo de entreter a população, vale ressaltar que, entreter a população é um objetivo permanente de todo político a única diferença é que não existe o pão. Isso fica evidente quando se liga a TV em qualquer período, só se assiste programas inúteis, só se ouve músicas idiotas e dessa forma as pessoas viram cada vez menos gente e são cada vez mais enganadas enquanto dia após dia a "democracia" vira mais ditadura.</div>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-39604717383574618452010-06-28T13:53:00.000-07:002010-07-02T18:36:25.782-07:00Contra gotasEla devia ter uns três anos, morava na casa da avó e estava com sua tia enquanto a mãe estava na labuta, ganhando dinheiro para poder sustentar os mimos da filha. Enfim, criança gosta de brincar de fazer o que não deve, de gozar com a cara dos adultos. Tudo é novo, tudo é engraçado, o perigo não existe. Sua tia concentrada, assistia a um programa de televisão, no momento ela aprendia a fazer uma torta salgada, enquanto a sobrinha aprontava. A criança chegou cambaleando na sala, voz enrolada com sinais de embriaguez:<br />
<br />
-Tia eu tow tonta!<br />
<br />
-O que foi que você andou aprontando?<br />
<br />
- Num sei tia.<br />
<br />
-Diga pra tia o que foi que você aprontou.Você colocou alguma coisa na boca?<br />
<br />
-Eu só tomei aquilo ali.<br />
<br />
<br />
A tia ficou apavorada quando viu o vidrinho do remédio em gotas vazio e chama a mãe que sai correndo do trabalho e ao ligar para a pediatra é tranquilizada. Ao desligar o telefone ela olha para a filha que dorme igual a um anjo, o sono e o sonho tranquilo de criança.<br />
A mãe alisa os cabelos da filha precoce, que mal nasceu já havia tomado seu primeiro porre. A genitora lembra então do seu tempo de criança, das histórias que sua mãe ainda lembrava como se fosse ontem, quando ela a genitora tinha apenas dois anos de idade pegou a agulha de tricot de sua avó e enfiou na tomada, a mãe tomou um grande susto, mas a sorte foi que a criança enfiou a parte da agulha que era revestida de plástico.<br />
<br />
A mãe vai um pouco mais a frente e lembra do primeiro porre que tomou, ainda adolescente em consequência dessa aventura ela ficou de castigo, além de claro, levar uns tapas da mãe. Agora ela olhava com preocupação para seu bebê que normalmente não dormia muito nem a deixava dormir mas, agora a criança dormia tranquila, sentindo o gosto doce do remédio e de sua embriaguez infantil, pensava ela: ontem eu era filha, hoje eu sou mãe...<br />
<br />
(Alana Berto)Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-24617586081414101232010-06-15T18:46:00.000-07:002010-06-15T18:49:03.021-07:00Sigam-me os tons! #arraialternativo2010<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/TBgstN3J8PI/AAAAAAAAAF0/osqoBtzRTGI/s1600/_Arrai%C3%A1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/TBgstN3J8PI/AAAAAAAAAF0/osqoBtzRTGI/s320/_Arrai%C3%A1.jpg" /></a></div>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-2022532271486253382010-06-01T18:33:00.000-07:002010-06-01T18:33:21.216-07:00Aforismomento (11)Diga não ao aborto! Casamento gay já!<br />
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(Breno Airan)Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-14996744932467022682010-05-24T10:46:00.000-07:002010-05-24T10:51:42.973-07:00Aforismomento (10) - Em clima de festa juninaCasamento matuto é assim. Enquanto os noivos vão atrás de comer a "maçã do amor", o padre não larga do pé-de-moleque.<br />
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(Mariana Belo)Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-92146057358668800492010-04-18T11:37:00.000-07:002010-04-23T17:04:07.511-07:00O céu está caindo<div style="TEXT-ALIGN: justify"><span style="font-family:courier new;"><span style="font-size:78%;"><span style="FONT-STYLE: italic">Alana Berto</span><br /></span><br /><span style="font-size:85%;">Nunca fui adepta de nenhuma religião. Concordo com o escritor José Saramago, quando ele diz que "As religiões, todas elas, nunca serviram para aproximar os seres humanos uns dos outros. Pelo contrário. E o catolicismo, neste particular, deu os piores exemplos ao mundo, basta que recordemos as torturas e as fogueiras da inquisição, essa associação criminosa cujos herdeiros ainda não pediram perdão às suas vítimas. Os crimes que desde sempre se cometeram em nome dos deuses são, como se dizia dantes, de bradar ao céu… Mas, como já deveríamos saber, o céu é surdo de nascença."<br />Assim eu me pergunto será que é de Deus uma instituição que matou tantos homens e mulheres, queimando-os por estes não acreditarem no que esta mesma instituição pregava? Será que o catolicismo é bom por ter compactuado com o assassinato de milhões de judeus? Será que devemos ser católicos porque a igreja omitiu ou até compactuou com torturas na ditadura militar, assim como acreditam ter feito com Cristo? Devemos acreditar numa igreja que prega uma coisa e faz outra? Começando pelo voto de pobreza e a contradição das igrejas ornamentadas de ouro e o luxo sustentado por algumas figuras do clero com a extravagância mostrada em suas batinas.Devemos acreditar em uma fundação que prega o celibato clerical, que vê o sexo como uma coisa feia e mesmo assim usa suas crianças para saciá-los? Acho que não existe ato mais ateu que pregar uma coisa e fazer outra, ou seja, eles mesmos não acreditam e não levam a sério o que pregam. Uma instituição que matou, perseguiu,foi construída pelo poder, pela luxuria, pela avareza, pela gula, pela inveja, pela vaidade, pela preguiça e pela ira. Enquanto aqueles que usam batina agem por detrás dos panos, cheios de autoritarismo e falso-moralismo.</span></span><span style="font-size:85%;"><br /><span style="font-family:courier new;">É dessa maneira que paro para refletir sobre o que é entregar crianças nas mãos de seres como esses achando que está se fazendo o bem, achando que perto deles as crianças também vão estar perto de Deus, que por sinal é um Deus muito medíocre, o deles. Pedofilia é crime para todos,pode ser padre ou qualquer outra pessoa, esses homens erraram e têm que pagar pelo erro, espero que a sociedade não fique esperando resposta de Papa nem de instituição alguma, que não rege lei nenhuma, Papa não é lei e o Estado é laico.</span><br /><span style="font-family:courier new;">É, o império está caindo. Pena que dando lugar a instituições piores. Qualquer dia vamos procurar religiões no supermercado e vamos escolher pelo preço, acho que não preciso nem citar exemplos de picaretagem envolvendo igrejas, a Igreja Universal do Reino de não sei o que lá, é uma delas, entre outras aí que quanto mais dinheiro tem, mais enrola os seus seguidores, a maioria frágeis e sem instrução, para ganhar mais dinheiro.Porque aqui pra nós, uma coisa é certa: falar em Deus dá grana. Que me desculpem os católicos, evangélicos e demais religiosos, felizmente toda regra tem exceção e sei que nesse meio também existe muita gente boa, mas não dá pra engolir tais coisas, não dá pra associar dinheiro e espiritualidade, não dá para ser hipócrita, não dá para acreditar em Deus da forma que vocês acreditam.</span><br /><span style="font-family:courier new;"></span></span><br /><span style="font-family:courier new;"></span></div>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-60188877686884297972010-04-09T16:47:00.000-07:002010-04-25T08:35:58.472-07:00Quando sim, quando não<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Quando me sinto só quero alguém</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Quando tenho alguém desejo ficar só</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Quando danço quero parar</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Quando paro quero correr</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Quando corro quero chegar </span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Quando tenho pressa, é para alcançar</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Quando alcanço quero pegar</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Quando leio quero acabar</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Quando acabo quero continuar</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Se persisto corro e se não corro desisto!</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Se durmo quero acordar </span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Se acordo quero dormir </span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Se vivo quero viver mais</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Se espero faz parte</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Se penso é porque existo</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Se existo nunca desisto</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Se escuto quero cantar</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Se canto fico no canto</span><br />
<span style="font-family: courier new; font-size: x-small;">Quando começo espero acabar.</span><br />
<span style="font-family: Courier New; font-size: x-small;"></span><br />
<span style="font-family: Courier New; font-size: x-small;"></span><br />
<span style="font-family: Courier New; font-size: x-small;">Alana C.Berto</span>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-80766350636140720762010-03-28T20:55:00.000-07:002010-03-28T16:55:58.473-07:00ELESolham<br /><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >vêem</span><br /><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >crêem</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">ignoram</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >sentem</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">idignam<br />assistem<br /></div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >imploram</span><br /><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >seguem</span><br /><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >choram</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">são</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >vão</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">quão</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >pulsam</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">ousam</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >erram</span><br /><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >sonham</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">felizes</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >seduzem</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">manipulam</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >induzem</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">adoram</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >completam</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">padronizam</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >vazio</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">tristeza</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >seres</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">pessoas</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >fim</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">sim </div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >todo</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">sério</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >velho</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">jovem </div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >moda</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">começo</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >mundo</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">avesso</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >bonito</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">feio </div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >infeliz</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;">olho</div><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >carcaça</span><br /><div style="font-family: courier new; color: rgb(0, 51, 0); text-align: left;"> </div><br /><div> </div>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-70961380223282615042010-02-22T17:27:00.000-08:002010-02-22T17:29:07.086-08:00A amizade<p class="MsoNormal">— Puta que pariu! Que vontade de fumar...</p> <p class="MsoNormal">— E é um descontrolado, é? Acabasse de fumar um cigarro agora na conveniência.</p> <p class="MsoNormal">— É que tenho agonia de ficar muito tempo viajando!</p> <p class="MsoNormal">— E daí?</p> <p class="MsoNormal">— Daí que tenho que fumar.</p> <p class="MsoNormal">— Pra quê?</p> <p class="MsoNormal">— Porque eu quero, eu preciso.</p> <p class="MsoNormal">— Certo. Vá fumar no banheiro do ônibus, ora.</p> <p class="MsoNormal">— Porra, você é um gênio — disse Eduardo, dando-lhe um beijo na testa forçado. Rômulo não gostou muito do carinho. Ele era um pouco machista e sabe-tudo.</p> <p class="MsoNormal">— Isso um dia ainda vai te matar! — alertou ele.</p> <p class="MsoNormal">— Todos vamos morrer um dia — ironizou Eduardo, com a prepotência de todo fumante ciente de seu calvário. — Fumo porque me faz bem.</p> <p class="MsoNormal">— Mas não faz. Você sabe que só um cigarro desses tem mais de quatro mil substâncias que fazem mal à saúde!</p> <p class="MsoNormal">— E o que faz bem? Comer alface?!</p> <p class="MsoNormal">— Não seja idiota. Você sabe que faz mal de verdade. E muito.</p> <p class="MsoNormal">— Não seja idiota. Eu fumo, porque me faz bem; me sinto bem fumando.</p> <p class="MsoNormal">— Pois morra... — declarou Rômulo, fingindo estar nem aí pra seu melhor amigo.</p> <p class="MsoNormal">— Morrerei quando Deus quiser.</p> <p class="MsoNormal">— Que nada. Você tá é acelerando o processo! A cada cigarro que você fuma, é menos 11 minutos que você tem aqui na Terra...</p> <p class="MsoNormal">— ... e mais 11 minutos perto do Senhor! — brincou Eduardo, fazendo cara de evangélico pobre.</p> <p class="MsoNormal">— Quer saber? Vou continuar a ler meu livro do Bukowski. Por que você não vai até o banheiro logo?!</p> <p class="MsoNormal">— Você tem toda a razão. Já tava esquecido com todo esse papo furado...</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">E foi. Já estava tirando do bolso apertado direito da calça jeans meio grunge uma carteira de Hollywood California, que segundo ele, era o cigarro “no grau” — nem forte, nem fraco. Eduardo pegou seu isqueiro que ganhara da namorada, que inclusive não gostava do fato de ele fumar, mas tinha de aceitar. Por isso dera o tal isqueiro liso cromado pra ele.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">O ônibus estava indo para um show de rock. Uma banda que tanto Rômulo quanto Eduardo gostavam muito. Aerosmith. O vocalista já não cantava como antes. “Talvez por causa de toda a coca que ele cheirou”, ria Eduardo, sonhando com o espetáculo. De fato, quando se aspira cocaína, ela passa pelas cordas vocais e as prejudica. Muito. O mesmo acontece com o tabaco. Por isso que quem fuma tem aquela voz marcante.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">“Não sei como porra ele tá lendo”, pensou Eduardo, irritado com o fato do amigo não estar nervoso com o show que começaria em pouco mais de cinco horas. “Vou é fumar outro cigarro pra ver se relaxo”. E entrou no banheiro. </p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Acendeu. Deu o primeiro trago. Seu corpo estremeceu de prazer. Logo a nicotina tomou conta de seu peito e a seguir de seu sangue. Abriu a janelinha pro ar circular. De repente, viu a paisagem lá fora ficar distorcida. Mais e mais. Rodando e rodando, até ficar de cabeça pra baixo. Ele rodou igualmente dentro da pequena cabine. </p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Seu braço esquerdo estava quebrado. Saiu da cabine, chorando de dor, com o cigarro no bico, pego do chão.<span style=""> </span>“Rômulo!”, pensou. Foi em busca de seu amigo e logo a adrenalina tratou de amainar a dor no braço. Roqueiros de preto, roqueiros de preto, livro do Bukowski, roqueiro de novo, Rômulo. Morto. </p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Por estar sem o cinto, voou sem destino e quebrou o pescoço no chão, sem chances de adeus. Eduardo, chorando, gritava seu nome. Ele não acordava. Não reclamava mais. Nunca mais ele cantaria a música do filme Armageddon, cujo refrão começa com “I don’t wanna close my eyes”, já que ele fechara seus olhos para sempre. Eduardo pôs a mão em seu bolso, tirou um cigarro numa tremedeira peculiar, acendeu e disse: “Vou fumar mais rapidamente pra te encontrar, meu velho!”.</p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">(Breno Airan)<br /></p>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-74849996774554629462010-02-21T08:57:00.000-08:002010-02-21T10:47:41.921-08:00Bloco dos retirantes carnavalescos<div style="text-align: justify;font-family:courier new;"><span style="color: rgb(204, 0, 0); font-family: georgia;">Era uma sexta-feira, véspera de Carnaval, já passavam das onze da noite, quando descemos daquele ônibus vindo de Maceió, do qual todas as pessoas me eram estranhas. Haviam algumas pessoas começando a curtir o Carnaval que olhavam estranho para aqueles retirantes maceioenses cheios de malas, colchonetes e ventiladores. Não entravam mais carros nem qualquer outro veículo naquelas ladeiras, aquela hora já existiam alguns blocos cantarolando seus frevos junto á poucos foliões, alegres, que começavam a usar suas fantasias. A cena era cômica, ouvimos várias piadas: - e aew gatinhas gostei da fantasia. Subimos ladeira, descemos ladeira, paramos, deixamos as malas no chão no meio das ladeiras, seguimos em frente, erramos o caminho, cansamos, reclamamos. Cada vez que parávamos no meio de uma ladeira vinha um bloco para atrapalhar nosso descanso e fazer com que seguissemos em frente, carregando o peso de todo Carnaval em nossas costas, peso das futuras alegrias, dos quatro dias de folia que seguiriam. Enfim, chegamos ao nosso destino e esse foi um começo de mais um Carnaval, com direito a muitas fantasias e máscaras, a gente nova e feliz, agora o peso não era mais das malas, que a essa altura já haviam sido desfeitas, era da música, da embriaguez, dos foliões e foi essa a primeira visão do Carnaval de 2010, a vis</span><span style="color: rgb(204, 0, 0); font-family: georgia;">ã</span><span style="color: rgb(204, 0, 0);"><span style="font-family: georgia;">o do cansaço tranformado em folia. Onde cada um possuia,suas mascaras, suas fantasias, seus frevos e seus blocos que se transformavam em um só.</span><br /><span style="font-family: georgia;"> <br /><br /> Alana Berto</span><br /></span> </div>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-35917437199369969012010-01-09T22:38:00.001-08:002010-01-09T22:38:53.239-08:00Providenciando<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal">— Minha namorada tá me traindo. Eu sinto...</p> <p class="MsoNormal">— Deixa de paranoia! Ela te ama. Eu sei...</p> <p class="MsoNormal">— Grandes merdas! Ela tá muito estranha. Tenho que tomar uma providência.</p> <p class="MsoNormal">— É, vamos prum bar e tomamos uma Providência — disse Gabriel, decidido.</p> <p class="MsoNormal">— Quê? — perguntou o outro, sem entender. — Sério mesmo. Tenho que tomar uma providência ainda hoje. Vou na casa dela à noite.</p> <p class="MsoNormal">— Tô dizendo: se você tomar uma Providência comigo, vai ficar mais tranquilo.</p> <p class="MsoNormal">— Que com você! É com ela que eu tenho que tomar a tal providência! Fique fora disso! — reverberou Toinho, descarregando sua raiva e agonia no amigo.</p> <p class="MsoNormal">— Ora, você vem desabafar e agora me descarta? Vou tomar a Providência sozinho!</p> <p class="MsoNormal">— Como? Que providência?</p> <p class="MsoNormal">— A Providência!</p> <p class="MsoNormal">— A providência?!</p> <p class="MsoNormal">— Pro-vi-dên-cia — silabou Gabriel, p (ou P) da vida. — A cachaça Providência! Não se faça de besta...</p> <p class="MsoNormal">— Ué, não sabia que era disso que tu tava falando... Sério, não faça essa cara! Vamos providenciar uma Providência.</p> <p class="MsoNormal">— E tua namorada?</p> <p class="MsoNormal">— Ela gosta de Tequila — concluiu Toinho.</p><p class="MsoNormal">
<br /></p><p class="MsoNormal">(Breno Airan)
<br /></p> Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-65259735711302225342009-12-28T20:31:00.000-08:002009-12-28T20:32:27.351-08:00O anjoEla era daquelas garotinhas meigas e cheias de rosa. Na bochecha, nas unhas, até no coração, se possível: quase tudo rosa. Cabelo pintado de um leve ruivo, puxando pro laranja mesmo. Estatura mediana, idade avançada – mas só a fisiológica. Tudo bem, ela era inteligente... Tinha seus quase 30 anos, mas era ingênua em certas coisas.<br /><br />Casou com o homem dos sonhos. O sapo, o príncipe, o Brad Pitt. Ou, pra quem quiser, o Thiago Lacerda. Ou até... não, chega! O fato é que, como em todo casamento, a coisa foi ficando feia. Não falo no sentido literal, de que o marido foi ficando velho, feio e a pele murchando, pegando carona com a paciência. Não, não. No casamento, as coisas sempre pioram.<br /><br />Há quem diga de boca cheia: “Ah, mas eu acho tão lindo aqueles velhinhos juntos até morrerem! Tá vendo aquele casal, amor? Olha! Ela não para de falar com ele”. E sempre há um gaiato que diz: “Aquela porra daquele velho deve ser surdo ou ter mal de Alzheimer!” – sempre às risadas também. Como os homens são insensíveis... Sempre fomos e sempre seremos. Pra que se exaltar por pouca coisa?<br /><br />A questão é: as pessoas não param quietas. Sempre querem mais. Palavra! É incrível como a gente tem algo e julga querer outra melhor (mesmo ela não sendo, de fato). O grande filósofo do humor, Rafinha Bastos, disse outrora: “A gente nunca tá satisfeito. Quando estamos solteiros, queremos casar. Quando casamos... queremos morrer!”.<br /><br />Engraçado mesmo (O último parágrafo foi realmente engraçado?!) é poder constatar que todo início de namoro é a mesma coisa. A mesminha. Não adianta mentir ou dizer: “Não, eu sou diferente dos outros caras”. Balela! Todo mundo – todo mundo – no começo de um relacionamento é um <span style="font-style: italic;">anjo</span>. Não importa se caído do céu, se tem asas, se tem sexo.<br /><br />Todos mostram seu melhor lado. Parece até comecinho de Big Brother... todo mundo é feliz e ama tudo. Daqui a pouco, a poeira debaixo do tapete começa a fazer espirrar quem tem alergia. E a gente tem alergia a quem não concorda com a gente. Não concorda? Rasgue a folha (pra assuar o nariz!).<br /><br />Sim... vocês ficam me deixando falar sobre casamento e sobre ser o melhor para o parceiro, que acabei esquecendo a ruiva lá de cima. Namorou pouco e logo casou. Noivado é para os fracos. Contudo, no segundo mês de casamento, ela sentiu que precisava falar algo pro marido.<br /><br />– Não me mate, por favor.<br />– Eu juro que enfio essa faca no seu peito! Quem é esse rapaz com cara de espanhol?<br />– É do meu trabalho! Não faça nada.<br />– Quem manda aqui sou eu. Você ouve. Copiou?<br /><br />Ela já não aguentava mais. O que fez? Foi à polícia?! Foi pra casa da mãe.<br />– Mãe, ele tá me ameaçando por qualquer coisa. Deixa eu ficar aqui uns tempos, deixa... Ele pensa que tô dando corda pro Garcia. E acha que ele é espanhol...<br />– Ele não é espanhol?! – perguntou a mãe, esquecendo do que sua filha havia falado anteriormente.<br />– Claro que não! O pai dele que é.<br />– Ah, pensei que ele era, por causa daquele bigodinho... e daquele olhar também.<br />– É mesmo, mamãe. Tenho até medo dele.<br />– Medo?<br />– Sim, ele mexe comigo. Mas ainda bem que ele viajou a negócios pro exterior.<br />– Que negócios?<br />– Foi pro Paraguai.<br />– Contrabando!<br />– Não, mamãe. Ele tá lá cumprindo ordens da empresa. A gente precisa de um representante lá. Ele disse que me amava e que ia voltar pra me buscar.<br />– Como assim?! – perguntou a mãe, ruborizada.<br />– O que você acha? – redarguiu Penélope. (Esse era seu nome. Desculpe o atraso.)<br />– Você? Cadê o respeito?!<br />– Eu me exaltei; me perdoe, mamãe. É que eu e ele tivemos um <span style="font-style: italic;">affair</span> antes dele viajar – explicou ela, corando.<br />– Entendo. E o que você vai fazer?<br />– Me separar!<br />– Por causa desse espanhol?!<br />– Ele não é espanhol! E não... não é por causa dele. É por causa do Sérgio. Ele era um doce no começo do namoro. Agora parece mais o Kadu Moliterno.<br />– Bata nele também! Você acha que seu pai era mansinho por quê?<br />– Ai, mãe e minhas unhas?<br /><br />Penélope realmente não era de briga. Quem a via de longe, sabia que era tão indefesa quanto uma Coca-Cola na prateleira do supermercado. Separou. Ficou só. Se envolveu de novo, mas não com o “espanhol”. Arrumou um cara que ela encontrou no tal supermercado da tal Coca-Cola. Eles derrubaram de uns 8 a 10 litros de refrigerante no chão todo – refrigerantes fechados, é claro.<br /><br />– Desculpa! Sou mesmo desastrada. Meu nome é Penélope.<br />– Que engraçado... – disse ele.<br />– O quê?! – perguntou ela, com a dúvida estampada nas sobrancelhas.<br />– Seu nome. Você aí vestida de rosa me fez lembrar a Penélope Charmosa da Corrida Maluca – disse ele, rindo e pegando as últimas garrafas pet de Coca.<br />– Eu amava esse desenho!<br />– Eu gostava mesmo era da Caverna do Dragão... você sabia que o final é uma loucura? É assim: o Mestre dos Magos era...<br /><br />E continuaram nessa conversa. Dessa, surgiu um encontro. Do encontro, o clima. Do clima, o namoro. O resto, o leitor deve prever. Anos se passaram e o casamento ia bem. Ele mostrava ser quem sempre foi. Era atencioso – quando tinha ciúmes era porque realmente havia algo errado. E ele, Roger, estava com muito e há tempos.<br /><br />– Que cara é essa, meu benzinho?<br />– Não sei. Vi seus SMS’s pro espanhol.<br />– Porra (raramente ela dizia um palavrão), meu ex era vidrado no Garcia e você me parece que tá indo no mesmo barco. Cuidado prele não furar e afundar...<br />– Isso é uma ameaça? Vá ficar com esse espanhol, vá... você não é carinhosa comigo como é com ele! Deve fazer sexo comigo pensando nele. Você não sabe nem fingir que não tá gostando... Acabou. Saia da minha casa!<br />– Vou. Não aguento mais tanta briga por causa do meu amigo. Acabou mesmo.<br /><br />As lágrimas logo se tornaram um lago, quase que engolindo ela – meio Alice no País das Maravilhas. Ela sabia que Garcia tinha voltado ao Brasil e foi procurá-lo na mesma hora. Levou todo o aparato que precisaria. Quando chegou à pousada que ele estava, seu coração congelou e ela pôde sentir um frio latente na ossatura. “É agora ou nunca”, pensou ela. “É agora!”.<br /><br />– Gracinha! Sou eu – disse ela, batendo na porta. Nota-se o anagrama de seu apelido.<br />– Já vai, Pê. Tô só de toalha!<br />– Abra logo – ordenou ela, com a imaginação fértil.<br />– Já vai... Oi, me dê um abraço daqueles. Que bom te ver. Entre!<br /><br />Ela entraria correndo, dando um pulo em seu pescoço e beijando-o. Mas não foi isso que aconteceu. Penélope fez tudo isso e mais um pouco. Jogou-o na cama de casal, pegando suas mãos e o algemando nas extremidades de ferro da tal cama de casal da pousada. Não tinha teto espelhado, mas seria o motel improvisado deles. Ela pegou a mordaça, que estava na bolsa junto com a algema e o vibrador. Os olhos de Garcia saltaram quando viram o vibrador preto liso de 20 cm.<br /><br />– Né pra você, não, bobinho! – riu ela, mentindo e percebendo o pavor em seus olhos, já que sua boca já estava com a mordaça.<br />– Na rnt nng trnrrrrs ratss!<br />– O quê?! Vou tirar... a mordaça – disse ela, soluçando de tanto rir.<br />– A gente nunca transou antes!<br />– Sim, eu sei.<br />– E você já vai assim...?<br />– Quero fazer o que nunca fiz com os outros.<br />– Espero que você já tenha depilado ou até queimado com vela um dos seus ex-namorados – suspirou Garcia, rindo.<br />– De fato, já – disse ela, séria, colocando a mordaça de novo nele. – Na verdade, vou lhe punir por me masturbar e pensar em você toda vez que transava com alguém... Cale a boca! Ninguém vai te ouvir com a mordaça aí. Eu te amo ou amava, não sei; mas só enquanto você estava longe – disse isso pegando uma faca de sua bolsa. (Curioso como em bolsa de mulher cabe tudo.) – Sei que se me casar com você, o encanto vai se exaurir. Então – concluiu ela, examinando o corpo nu de Garcia sob seu olhar meigo e, ao mesmo tempo, sórdido –, vou levar você comigo... Pra sempre!<br /><br />E bem no momento reticente, antes do “Pra sempre!”, ela decepou o membro de Garcia. Ele chorava de dor e de vergonha ao ver que não havia mais nada lá. Seus gritos eram em vão. Ela o beijou na testa, dizendo um “eu te amo” sincero. Colocou o pênis de Garcia dentro de um papel alumínio que trazia consigo e murmurou: “Vamos com a mamãe, Gracinha!”, dando-lhe um beijinho na glande, ainda melada de sangue.<br /><br />Ele olhava tudo, atônito, chorando de dor e quase desmaiando, sem forças. Ela pegou uma cola Super Bonder de dentro da bolsa, passou na extremidade do vibrador e colou no lugar onde o pênis já não mais estava. Enquanto ele gritava, dizendo palavrões incompreensíveis, ela saia assoviando qualquer coisa que não consegui identificar.Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-2376898369024870192009-11-20T07:30:00.000-08:002009-11-20T07:31:44.894-08:00Aforismomento (9)"Peito" é palavrão? E se o peito for... pequeno?!<br /><br />(Breno Airan)Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-47551696332428379302009-11-20T07:12:00.000-08:002009-11-20T07:26:38.404-08:00$essão $ifrãoA banda $ifrão, que alia ska com uma pitada de rock, se aprensentou nesta quarta-feira (18) no Museu de Imagem e Som de Alagoas (MISA) no projeto MISA Acústico em prol do Mês da Consciência Negra. Confiram as fotos do show:<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swa0w95k8vI/AAAAAAAAAEs/tfOALbGYbY0/s1600/20.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swa0w95k8vI/AAAAAAAAAEs/tfOALbGYbY0/s400/20.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406207156047639282" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swa0q1gJFHI/AAAAAAAAAEk/q3Kl_ZFgQP4/s1600/19.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swa0q1gJFHI/AAAAAAAAAEk/q3Kl_ZFgQP4/s400/19.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406207050714256498" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swa0elL5E4I/AAAAAAAAAEc/urpKBD7k3u0/s1600/23%2B.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 262px; height: 400px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swa0elL5E4I/AAAAAAAAAEc/urpKBD7k3u0/s400/23%2B.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406206840175924098" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swa0X0oTpPI/AAAAAAAAAEU/2AHEsDtSy3s/s1600/16.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swa0X0oTpPI/AAAAAAAAAEU/2AHEsDtSy3s/s400/16.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406206724062553330" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swa0OEVm7rI/AAAAAAAAAEM/p7FhMENK7Fw/s1600/02.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swa0OEVm7rI/AAAAAAAAAEM/p7FhMENK7Fw/s400/02.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406206556480401074" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swa0J7hXu2I/AAAAAAAAAEE/6PaduNxsE9g/s1600/13%2B.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swa0J7hXu2I/AAAAAAAAAEE/6PaduNxsE9g/s400/13%2B.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406206485394340706" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swaz815x9bI/AAAAAAAAAD8/g0FW_O-rOh0/s1600/14.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 335px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swaz815x9bI/AAAAAAAAAD8/g0FW_O-rOh0/s400/14.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406206260547810738" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swaz0-0h1GI/AAAAAAAAAD0/ln3fQI5JBmk/s1600/10.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 305px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/Swaz0-0h1GI/AAAAAAAAAD0/ln3fQI5JBmk/s400/10.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406206125502747746" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/SwazuEtnDGI/AAAAAAAAADs/UTH24PK6_yM/s1600/07%2B.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/SwazuEtnDGI/AAAAAAAAADs/UTH24PK6_yM/s400/07%2B.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406206006825258082" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/SwazhE6CbJI/AAAAAAAAADk/MpcNtQ38AIk/s1600/06%2B.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/SwazhE6CbJI/AAAAAAAAADk/MpcNtQ38AIk/s400/06%2B.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406205783539084434" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/SwazFbAWvAI/AAAAAAAAADc/yfeRW5QePug/s1600/01.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/SwazFbAWvAI/AAAAAAAAADc/yfeRW5QePug/s400/01.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406205308434824194" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center;"><br /></div>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-19210580291632254602009-11-10T21:26:00.000-08:002009-11-10T21:34:34.447-08:00Aforismomento (8)Pode um poeta pobre fazer rimas ricas?<br /><br />(Breno Airan)Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-13652722555951917162009-10-29T21:55:00.001-07:002009-11-20T07:29:11.429-08:00Refrescante<meta equiv="Content-Type" content="text/html; 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É sério!</p> <p class="MsoNormal">— Tá bom. E eu sou de Libra.</p> <p class="MsoNormal">— Deixe de ser besta — disse ela, às risadas. — Você sabe muito bem que eu tou me guardando pro homem certo.</p> <p class="MsoNormal">— E quem é esse sortudo? — perguntou ele, comendo Amanda com os olhos e a boca.</p> <p class="MsoNormal">— Não sei ainda. Tou procurando um que valha a pena.</p> <p class="MsoNormal">— Tou me sentindo um nada aqui. O Janu aqui vale a pena, sim!</p> <p class="MsoNormal">— Ué, mas... não era minha intenção. Não sinto nada por você...</p> <p class="MsoNormal">— Não sente ainda! Quando eu estiver fazendo cócegas nos seus estômago e rins, você vai mudar de ideia.</p> <p class="MsoNormal">— Ai, eu tenho medo!</p> <p class="MsoNormal">— Que nada. Vamos lá pra casa. No caminho, eu compro camisinha de menta e uma vodca na conveniência.</p> <p class="MsoNormal">— Vem cá... Por que <span style="font-style: italic;">de menta</span>?</p> <p class="MsoNormal">— Não sei. É sua primeira vez... quero que seja, literalmente, gostoso.</p><p class="MsoNormal">
<br /></p><p class="MsoNormal">(Breno Airan)
<br /></p> Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-77703440630827908562009-10-18T09:00:00.000-07:002009-10-23T21:05:06.145-07:00Colecionadora de sonhos<span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" >Ela costumava juntar sonhos,<br />colocava a cabeça no travesseiro </span><span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />vinha mais um para sua coleção</span> <span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />e mais um...</span> <span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />Os sonhos iam, vinham, se esvaiam<br />mudavam sempre</span> <span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />Viravam lembranças gostosas</span> <span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />Se dissipavam em vontades</span> <span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />Apenas sonhos</span><span style="font-family:courier new;"> </span><span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" >que evaporavam </span><span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />Viravam receio, medo</span><br /><span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" >Ficava na prazerosa espera</span><span style="font-family:courier new;"> </span><span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" >de apenas sonhar</span> <span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />depois vinha outro e mais outro...</span> <span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />Os travesseiros já estavam velhos</span><br /><span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" >Os sonhos não,<br />esses não tinham tempo</span> <span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />Sonhar, dormir, acordar, eis a questão</span> <span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />Buscar os sonhos</span> <span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />desilusão,</span><span style="font-family:courier new;"> </span><span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" >frustação</span> <span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />Sonhar, acordar, viver a</span><span style="font-family:courier new;"> </span><span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" >realidade,<br />apenas vida</span><span style="font-family:courier new;"> </span><span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" >em forma de sonhos</span> <span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" ><br />Sonhar viver,</span><span style="font-family:courier new;"> </span><span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" >viver e sonhar...</span><br /><span style="color: rgb(204, 0, 0);font-family:courier new;" >e mais uma vez<br />Ela colocava a cabeça no travesseiro<br />e sonhava profundamente...</span><br /><br /> <span style="color: rgb(153, 0, 0);font-family:courier new;" >(Alana Berto)</span>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-84587369939173306022009-10-12T12:10:00.000-07:002009-10-12T09:40:56.263-07:00O desconhecido<div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:courier new;" ><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">Alana Berto</span></span><br /><br />Era um homem comum, na verdade era um Zé Ninguém</span><span style="color: rgb(51, 51, 51);">.</span><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:courier new;" > Morava em uma daquelas favelas da Capital. Naquela manhã ele se levantou colocou uma camisa cor de laranja, sua única calça jeans e suas Havaianas, tomou um copo de água da torneira e comeu um pedaço de pão dormido(diferente do Zé que estava muito bem acordado e com fome). </span> <span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:courier new;" ><br />Bom, depois de sua refeição matinal, ele seguiu para o Centro da cidade onde, costumava passar a manhã cometendo assaltos com uma arma de brinquedo. E era essa mesma história toda manhã, Zé roubava, Zé vendia...</span> <span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:courier new;" >Não passava das 10 horas da matina, quando a multidão que passava pelo calçadão do centro ouviu alguns disparos, era o corpo do desconhecido que caia no chão.<br />A multidão se aglomerava ao redor do corpo que lá estava estendido, a calçada cinza ficava cada vez mais vermelha. O tiro na cabeça foi fatal.</span> <span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:courier new;" >Dona Maria, uma senhora gorda que olhava sapatos na loja ao lado assustou-se ao ou ouvir aquele barulho e correu para o fundo da loja:- Aí Jesus Cristo me protege! Gritou Dona Maria aflita. Mas, igual aos outros, ela logo se acalmou e foi olhar os miolos do desconhecido que haviam sido espalhados pelo tiro. O clima era de curiosidade.O burburinho aumentou, pessoas perguntavam o que aconteceu? Quem é este homem? Quem fez isso? </span> <span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:courier new;" ><br />Um mês antes dois homens foram assaltados por Zé Ninguém, que como sempre usou uma arma de brinquedo,Levando suas carteiras e dinheiro. A raiva era tanta que os dois trabalhadores assaltados resolveram se vingar, compraram uma arma a um estrageiro que fora apresentado por um amigo.<br />No dia seguinte foram ao local que Zé Ninguém costumava assaltar, efetuaram os disparos e fugiram a pé.</span> <span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:courier new;" >Até hoje a população e a polícia desconhecem o motivo do crime e nem sequer lembram do ocorrido ou da identidade dos dois crimonosos.<br />Quanto a vítima, não se sabe onde morava, de onde vinha, se possuia pai, mãe, esposa, filhos. As pessoas não sabiam ao menos se ele tinha uma identidade, o chamavam de Zé Ninguém.Já nas páginas dos jornais publicadas no dia seguinte, a vítima, um brasileiro de mais ou menos 35 anos foi chamada de desconhecido. </span> <span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:courier new;" > </span><br /></div>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-62280420371458004272009-10-02T20:26:00.001-07:002009-11-14T17:24:36.565-08:00Fim!<div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >Enquanto ele abria a porta ela saia correndo sem olhar para trás, era uma madrugada fria e escura, na rua só se tinha o olhar da lua e só se ouvia o cantarolar dos grilos.</span><br /><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" > As lágrimas vinham junto com o sereno e com o álcool, que evaporava dos poros e que momentos antes havia feito os dois corpos ferverem em um só. O olhar dele era de raiva e mágoa enquanto no dela havia desespero e esperança.</span><br /><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" > As palavras eram fortes e inesquecíveis, haviam corações feridos em conseqüência da dureza. </span><br /><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >Ela seguiu seu caminho e dormiu, ele ficou entre o sono e o sonho. Não mais existia amor naqueles gestos, o que ficou foram somente as lembranças, indefinidas entre o amor e o ódio; o ser e o não ser; a amizade e a saudade; a raiva e o bem querer; a razão e o coração; o sofrimento e o passado; o álcool transformou-se em ópio e em gotas d’água que caiam dos olhos. </span><br /><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" >As cartas foram embaralhadas e jogadas naquela mesma rua, naquela mesma madrugada, essas cartas nunca mais foram vistas pelas ruas. Apenas as chaves continuaram a existir. As chaves que abriram aquelas portas foram as mesmas chaves que as fecharam cada um levou sua chave para casa e esse foi o começo do fim e o meio de um nova vida, nessa hora a música parou, mas outra começou a tocar: a música do fim, a música da hora, do adeus e do começo, da lembrança e do infinito...</span><br /><br /><br /><span style="color: rgb(0, 51, 0);font-family:courier new;" > (Alana Berto) </span></div>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-52010505391567591712009-09-30T07:21:00.000-07:002009-10-02T18:55:42.606-07:00Ser mãe é...<a href="http://3.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/SsNzZeG0ReI/AAAAAAAAADE/bIi_VCW3_70/s1600-h/pai.gif"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 400px; height: 150px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/SsNzZeG0ReI/AAAAAAAAADE/bIi_VCW3_70/s400/pai.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5387276460680824290" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Não se fala em outra coisa a não ser o assassinato que chocou Alagoas, cometido por Arlene Régis dos Santos, 35 anos, contra seus dois filhos de 7 e 12 anos, ocorrido na madrugada desta segunda-feira (29). Os garotos foram esfaqueados enquanto dormiam. O filho mais velho, de 15 anos, ainda conseguiu fugir e pedir socorro.<br /><br />Ao chegar no local do crime, a casa das vítimas e da assassina no bairro da Santa Lúcia, os policiais encontraram Arlete bastante alterada e se dizia estar possuída por espíritos. Já de acordo com o marido, Abelardo Pedro Nobre Júnior, o casal passava por problemas no casamento e a mulher ameaçava fazer "uma coisa grave".<br /><br /><br />...<br /><br /><br /><br />Bom, foi basicamente isso. O mais interesante é o fato de já não bastar morar na Santa Lúcia, matricular os filhos em escola estadual e serem obrigados a assistir <a href="http://portalnatv.wordpress.com/2009/09/15/bomba-tv-alagoas-deixa-sbt-e-vende-programacao-para-igreja-evangelica/">a nova programação da TV Alagoas</a>, ela ainda achava pouco!<br /><br /><br /><a href="http://blog.drpepper.com.br/">Sabe de onde veio essa tirinha? Sim, é só clicar.</a><br /><br />(Mari Belo)</div>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-2971087212969087432009-09-28T17:45:00.000-07:002009-10-12T16:54:13.645-07:00Promessas entre o céu e a terra<div align="justify">O sol entrava pela janela do quarto do governador, naquela manhã de quarta-feira. Após sentir o calor do sol Otávio Augusto Marinho levantou-se, tomou café, como de costume, pôs um terno e uma gravata. Ao se aproximar da saída de sua casa fez o sinal da cruz e tocou na imagem de Nossa Senhora que ficava ao lado da porta, essa era a devoção do governador.<br />Otávio Augusto não havia saído da rotina até aquele momento. Ele iria viajar no helicóptero do governo, junto com seu assessor direto, Marco Antônio Vargas e o Secretário estadual de Saúde, Dário Sousa, o destino era o Município de Santanópolis, onde iriam conversar sobre o projeto Viva Bem Legal.<br />Não passava das 10 horas da manhã quando de repente, a aeronave que sobrevoava pela região de Sorriso Claro, foi tomada por fortes turbulências, o Piloto Giusepe Tenório avisa aos tripulantes: “A neblina está impedindo a visibilidade e o vento está muito forte.”<br />A mudança de rota foi inevitável. O clima ficou tenso dentro da aeronave; Otávio Augusto Rezava pedindo proteção a Nossa Senhora, a quem ele nutria uma devoção: “Minha Nossa Senhora faça com que cheguemos são e salvos ao nosso destino, caso sobreviva prometo doar metade dos meus ganhos como governador para ajudar na saúde, educação e qualidade de vida do povo. Eu te suplico minha Santa, prometo ainda ajudar aquele pessoal carente da Favela de Barro Fundo, da Grota do Feijão e quanto mais me for possível, eu quero viver, fazer muitas viagens, passar ainda uns bons tempos na capital do país, usufruir da qualidade de vida que todos nós, os políticos desta nação temos direito.<br />Enquanto isso o Secretário Estadual de Saúde prometia resolver todos os problemas do Hospital Estadual. Já o assessor, Marco Antônio, que nunca se sentiu seguro em andar de avião dizia: “bem que falei que isso não era seguro, eu disse, era melhor ir de carro, eu sonhei ontem à noite que esse helicóptero caia, mas vocês não me ouviram, eu prometo que cobrarei do governador todas as promessas que ele acabou de fazer, caso saia vivo dessa catástrofe.” Depois dessas palavras, todos, como bons católicos que são, deram as mãos e começaram a rezar o Pai Nosso.<br />O piloto então,procurou manter todos informados e perguntou aos tripulantes se eles preferiam voltar para Felicidade, a capital do Estado ou pousar naquela região:todos optaram por pousar naquele local, uma fazenda localizada em uma região município do Estado vizinho.<br />Ao descer do helicóptero os tripulantes se deparam com dois trabalhadores rurais, que plantavam batatas no local, um deles gritou: “óia o avião Juvenal! O que será que essa gente que anda de avião quer aqui, será que vieram prender nóis?” Juvenal respondeu, “que nada rapaz deve ser gente poderosa que veio aqui falar com o patrão, será que o povo é famoso? ‘Vamo’ tirar foto ‘homi’ é a primeira vez que vejo um veículo desses que voa pessoalmente, temos que aproveitar.”<br />Seguido aos acontecimentos, uma comitiva seguia de carro para resgatar os antigos tripulantes e levá-los finalmente para seus destinos: a cidadezinha de Santanópolis, onde os agentes de saúde os aguardavam. surgiram muitos boatos, um jornal local noticiou que o avião que levava o governador do Estado havia caído e estava perdido, a notícia era que não sabia se haveria sobrevivente entre os tripulantes e que uma busca estaria sendo feita pela região. O fato atraiu até a imprensa nacional, que noticiou que destroços do avião haviam sido encontrados.<br />Por volta das 13 horas o governador e sua comitiva chegavam ao Estádio do município de Santanópolis, onde os aguardavam.<br />O governador fez seu discurso e promessas em relação a programa Viva Bem Legal- que pretende melhorar a qualidade de vida da população do Estado.<br />Depois de toda a solenidade concluída, Marco Antônio olha para o governador e pergunta: Otávio Augusto e quanto àquelas promessas, nós vamos cumprir? Deixa pra lá, disse o governador fica só entre nós três e a santa. Tudo certo então, disse Dário Sousa, Já estava preocupado em quanto ia trabalhar e o quanto iria custar ao Estado colocar em ordem todo aquele caos do Hospital Estadual.<br /><br />(Alana Berto)</div>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-34877061875375076812009-09-11T13:11:00.000-07:002009-09-19T08:46:49.339-07:00Casal pós-moderno<div style="text-align: justify;">É, não estava mais dando certo. As desculpas não mais serviam. As brigas tornavam-se constantes. É sabido que duas pessoas parecidas demais ou diferentes geralmente não levam um relacionamento adiante. Às vezes, o ego de algum dos dois fala mais alto, por vezes gritante.<br /><br />O ego da garota era, de fato, gritante. Era do tipo mimada: queria, porque queria. E isso já era suficiente pra ela e ponto. Já ele era compassivo, paciente e fazia o que deixava os outros felizes. (Segundo ele, isso o ajudava a crescer internamente.) Vê-la feliz era a sua <span style="font-style: italic;">felicidade</span>. Mas os tempos estavam mudados. A rotina acabou transformando enfadonha a relação do casal. Não existia mais fogo. Só o soltar de faíscas nas discussões.<br /><br />— Para de fumar, Nívea, por favor.<br />— Não vou me viciar, amor. Não se preocupe!<br />— A questão não é somente essa. Eu não <span style="font-style: italic;">quero</span> que você fume. Não me sinto à vontade com esse fato.<br />— Não posso fazer nada, Vitor...<br /><br />E não podia mesmo. Era a vontade dela. Por mais que Vitor quisesse, nunca iria domá-la. Não “domá-la” no sentido literal; machista. Mas sim fazer valer sua opinião sobre as coisas. Em um romance, isso é fundamental. Claro que as brigas são um mal necessário. São saudáveis, na medida certa. Porém, tudo tem um limite e não há <span style="font-style: italic;">discussão de relação</span> que tire a mácula de uma traição.<br /><br />Vitor soube através de amigos que sua namorada havia ido para uma festa particular sem lhe avisar. Lá, ela bebera demasiadamente e teria supostamente participado de um beijo em um garoto mais velho e uma garota, ao mesmo tempo: um <span style="font-style: italic;">ménage a trois</span> com gostinho de Montilla. Vitor não se abateu. Mostrava-se forte — pelo menos, por fora. No escuro, chorava escondido, ouvindo a música que embalou o romance dos dois.<br /><br />Nívea , por sua vez, estava tranquila até sua amiga (a que ela beijara outrora) lhe contou que seu namorado já sabia de tudo. É, a casa caiu. Com garagem, quintal e tudo mais. Ela já desconfiava que seu namoro ruiria, por mais que Vitor fosse compreensivo. Ele simplesmente não merecia aquilo; e ela sabia disso!<br /><br />Tudo se confirmou quando ela recebeu um SMS, solicitando sua presença na praça central da cidade. Dizia:<br /><br /><span style="font-style: italic;">Qro falar com vc.</span><br /><span style="font-style: italic;">Preciso ti perguntar 1</span><br /><span style="font-style: italic;">coisa importante!!!!! </span><br /><span style="font-style: italic;">15hrs na praça, viu?!!!! Bjo</span><br /><br />No caminho pra lá, ela ruborizava-se com seus devaneios. Tinha vergonha do que tinha feito. No momento, foi tudo muito bom. Imaginava as palavras que Vitor ia proferir. “Ele deve tá ‘p’ da vida!”, pensou ela. Ao chegar no destino, avistou seu <span style="font-style: italic;">futuro ex</span>, cabisbaixo. Ele foi bem direto:<br /><br />— Quem vai ficar com a senha do nosso Orkut duplo?!<br /><br /><br /> (Breno Airan)<br /></div>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-18097305308062036222009-09-09T04:15:00.000-07:002009-09-09T06:27:09.337-07:00Entre outras mil, és tu, Brasil!<a href="http://3.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/SqeZbUnwBNI/AAAAAAAAAB8/eIDmxGeddoQ/s1600-h/sem+título.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5379436974588298450" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 176px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_3lXhQRdxPNs/SqeZbUnwBNI/AAAAAAAAAB8/eIDmxGeddoQ/s200/sem+t%C3%ADtulo.bmp" border="0" /></a><br /><div>Já não é mais novidade a <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u618402.shtml">notícia </a>de que o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello tornou-se um imortal da Academia Alagoana de Letras. Porém, diante deste surpreendente episódio que, cá pra nós, só perdeu para a vitória de Dado Dolabella em "A Fazenda", pudemos concluir que:<br /></div><div><ul><li>E se a gente pedir uns conselhos a Lex Luthor? Afinal de contas, há anos ele tenta matar o Super-Homem.</li><br /><li>Que Lex Luthor que nada! Agora só na base da estaca, cruz, alho e água benta!!!</li><br /><li>Viu só, Jô? Nem tudo está perdido!</li><br /><li>Qual intuito dele se candidatar a imortal? Já não bastam as aplicações de Botox?</li><br /><li>Por que esta notícia nos deixaria surpresos? Depois de quase tudo ligado a E<span style="color:#006600;">l</span><span style="color:#ffff00;">l</span>e já ter ido pro beleléu (citemos seu irmão Pedro Collor, PC farias, o CSA e até <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u617675.shtml">seu ex-advogado foi encontrado morto</a>), qual a dúvida que temos de que ele não é feito de matéria orgânica?</li></ul><br /><p></p><br /><p>R$ 1,00 de inspiração: <a href="http://www.sitedoaran.com.br/">http://www.sitedoaran.com.br/</a></p><br /><p></p><br /><p>Bem, é isso. Depois falaremos de Vanuza cantando o Hino. </p><br /><p></p><br /><p>(Mariana Belo)</p></div>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1120729430043967320.post-40471394258491293742009-09-07T02:47:00.000-07:002009-09-07T03:03:00.724-07:00<div align="center"><span style="font-family:courier new;color:#006600;">Há uma pedra em meu sapato</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">ela não quer sair</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">dói</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">faz calo</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">rasga meu pé</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">acostumei com a dor</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">ela me dá prazer</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">Há um calo no meu pé</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">ele sangra</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">dói</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">virou bolha</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">Há um sapato no meu pé</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">ele me ajuda a seguir caminho</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">faz calo</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">piso em pedras</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">mas, não posso tirá-lo</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">preciso seguir caminho</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">me acostumar</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">não posso andar descalça</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">preciso andar</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">tenho pressa</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">preciso correr</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">há uma pedra no meu sapato</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">sigo devagar...</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;"></span> </div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;">(Alana Berto)</span></div><div align="center"><span style="font-family:Courier New;color:#006600;"></span></div>Papel A4http://www.blogger.com/profile/03441380487460148231noreply@blogger.com0